DESEMPREGO EM MARÇO - A Pesquisa Mensal de
Emprego e Desemprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE) apurou que a taxe de desemprego nas seis principais regiões
metropolitanas do País manteve a tendência de queda e fechou o mês de março em
5%. Em fevereiro esse índice tinha sido de 5,1% e em janeiro de 4,.. Foi a menor
taxa para o mês de março desde o início da pesquisa, em 2002. NO mesmo mês do
ano passado a taxa tinha sido de 5,7%. O total de pessoas ocupadas ficou
estável em relação a março de 2013, totalizando 22,9 milhões de pessoas. Em
relação a fevereiro de 2014, houve ligeira queda de 0,2%. Já o contingente de
desocupados somou 1,2 milhão, com recuo de 2,4% frente a fevereiro e retração
de 11,6% ante março de 2013, segundo o IBGE.
ESPECULAÇÃO - O baixo desemprego contrasta
com um cenário de juros maiores, consumo em desaceleração, crédito escasso e
menor confiança de empresários. Um dos motivos para a redução é que uma parcela
da população formada especialmente por jovens e mulheres deixou de procurar
trabalho em busca de oportunidades melhores ou para estudar. Tal situação se
deu graças ao ganho de renda das famílias nos últimos anos. De janeiro para
fevereiro, a renda média do trabalhador caiu 0,3%, estimada em R$ 2.026,60. Já
em relação a março de 2013, houve alta de 3%.
DESEMPREGO PELO PNAD – Mesmo em um ano de
fraco crescimento do Produto Interno Bruto - PIB, a taxa de desemprego no
Brasil em 2013 fechou o ano em 7,1%, três décimos abaixo dos 7,4% apurados em
2012. Os dados são Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Contínua (Pnad
Contínua) realizada trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE. Pela nova pesquisa, o desemprego fechou o quarto trimestre
de 2013 em 6,2%, abaixo do terceiro trimestre do mesmo ano 2012 (6,9%). No
quarto trimestre de 2012, a taxa havia sido de 6,9%, também pela Pnad.
MUDANÇA DE METODOLOGIA – Trata-se da primeira
pesquisa com informações nacionais sobre mercado de trabalho, que não pode ser
confundida com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do mesmo IBGE, porque as
metodologias e abrangências são diferentes. De acordo com a PME, os índices de
desemprego no Brasil foram de 5,4% em 2013 e de 5,5% em 2012. Como se vê, ambos
os índices apresentaram redução no índice de desemprego de um ano para outro.
Percentual mínimo, mas reduzido, o que mostra estabilidade nesse índice nos
últimos dois anos, levando-se em conta a média de 6,0% apurada em 2011 pela
PME.
EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – Segundo o novo
levantamento, Pnad Contínua, o total de pessoas empregadas no quarto trimestre
atingiu 91,9 milhões, montante acima do registrado nos três meses anteriores
(91,2 milhões). Já a quantidade de pessoas desocupadas atingiu 6,1 milhões de
outubro a dezembro, o que representou uma alta em relação aos 6,8 milhões
apurados no terceiro trimestre de 2013.
ATIVIDADE ECONÔMICA - A economia brasileira
subiu pelo segundo mês consecutivo, registrando alta de 0,24% em fevereiro na
relação com janeiro, que por sua vez havia sido 2,35% maior em relação a dezembro,
conforme dado revisado pelo Banco Central, que anteriormente havia divulgado
crescimento de 1,26%. Na verdade, apesar do índice positivo, houve uma
desaceleração entre janeiro e fevereiro.
INDICAÇÃO DE TRÊS SETORES – Esses dados são do
Índice de Atividade Econômica do Banco Central - IBC-Br, considerado pelo
mercado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) oficial. O IBC-Br incorpora
estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços,
indústria e agropecuária, que tiveram atividade positivas nos dois primeiros
anos do ano. Tímidas, mas positivas. Na comparação com fevereiro de 2013, o
IBC-Br avançou 1,63% e acumula em 12 meses alta de 2,41%, ainda segundo dados
dessazonalizados – livres de influências típicas de certa época do ano.
PRÉVIA DO PIB – Avaliação geral dos agentes
econômicos é de que a economia brasileira vai desacelerar neste ano. Pesquisa
Focus do BC mostra, por exemplo, que a expectativa dos economistas é de
expansão do PIB de 1,65% em 2014. No ano passado, a atividade cresceu 2,3%, mais
de um ponto acima das previsões.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL SUSTENTADA – A produção
da indústria surpreendeu com uma nova alta em fevereiro, após uma expressiva
expansão em janeiro. Tal cenário se traduziu em crescimento no ritmo de
atividade do setor em metade das regiões pesquisadas pelo IBGE. De janeiro para
fevereiro, o maior ritmo de produção em nível nacional foi acompanhado por sete
dos 14 locais investigados, segundo dados do instituto divulgados na manhã
desta terça-feira.
Os destaques ficaram com a expansão
registrada pelo Paraná (18,4%) e o crescimento de 4,7% observado no Amazonas. O
primeiro se recupera de um tombo de 15,9% registrada entre novembro e janeiro
de 2014. Já o Amazonas completou dois meses seguidos de taxas positivas,
acumulando nesse período ganho de 7,7%.
VARIAÇÃO CESTA BÁSICA – Os preços dos
alimentos essenciais subiram, em março, em 16 das 18 capitais pesquisadas pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese. As
maiores elevações apuradas na Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos foram
registradas em Campo Grande (12,85%), Goiânia (12,61%), Porto Alegre (12,52%) e
Curitiba (12,29%). Já Manaus (-1,25%) e Belo Horizonte (-0,415) apresentaram
retrações de -1,25% e -0,41%, respectivamente. Porto Alegre foi a capital onde
se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 356,17), seguido de São Paulo (R$
351,46), Florianópolis (R$ 345,63) e Rio de Janeiro (R$ 345,11). Os menores
valores médios foram encontrados em Aracaju (R$ 225,82), João Pessoa (R$ 263,17)
e Natal (RN), R$ 271,31.
INFLAÇÃO TEM ALTA EM MARÇO – Utilizado na
definição da taxa oficial de inflação, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) aumentou 0,92% em março, contra os 0,69% de fevereiro e
os 5,5% de janeiro. No acumulado dos últimos 12 meses a taxa atingiu 6,15%,
acima da meta central de 4,5% ao ano e próximo da tolerância de 6,5%.