Por Dilma Rousseff
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A
inflação está em queda. Os índices de julho e agosto foram baixos e a cesta
básica ficou mais barata em todas as 18 capitais pesquisadas. O emprego
continua crescendo. Estamos também tomando medidas eficazes para conter as
oscilações bruscas do dólar, que afetam a economia de todos os países
emergentes, sem exceção.
O Brasil
avançou como nunca nos últimos anos. Mas sabemos também que ainda há muito a
ser feito. O governo tem humildade e autocrítica para admitir que existe um
Brasil com problemas urgentes a vencer, e a população tem todo o direito de se
indignar com o que existe de errado e cobrar mudanças. Por isso, estamos
aprofundando os cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no
transporte, e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia. O Pacto da
Educação já garantiu 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do
pré-sal para a educação e para a saúde - dos quais 75% irão para a educação -
com benefícios permanentes à população brasileira por um período mínimo de 50
anos.
Já o
Pacto do Transporte Público vai significar, no curto e médio prazo, obras e
projetos capazes de melhorar a mobilidade e o transporte coletivo nas nossas
maiores cidades. Isso significa mais metrôs, monotrilhos, corredores de ônibus
e VLTs.
O Pacto
pela Estabilidade Fiscal está mobilizando nossos esforços para manter
equilibradas as contas públicas e a inflação sob controle. O Pacto da Reforma
Política e Combate à Corrupção acaba de dar um bom passo com a proposta de
decreto legislativo para a realização do plebiscito. Queremos mais
transparência, mais ética, honestidade e mais democracia. Isso passa,
necessariamente, pela reforma das práticas políticas em todos os níveis.
O Pacto
da Saúde irá produzir resultados rápidos e efetivos. O "Mais Médicos"
está se tornando realidade, e tenho certeza de que, a cada dia, todos vão
sentir os benefícios e entender melhor o grande significado desse programa. O
Brasil tem feito e precisa fazer mais investimentos em hospitais e equipamentos
de saúde, porém a falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. A
vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não
interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os
médicos nacionais. É uma decisão a favor da saúde.
Este é um
momento que exige coragem e decisão em todos os sentidos. A coragem é irmã da
liberdade e mãe de todas as mudanças. Este é o momento de fazer o governo
chegar cada vez mais perto do povo, e de o povo participar cada vez mais das
decisões de governo. Mais que nunca, o Brasil está aprendendo que o importante
é termos as soluções para os problemas que ainda nos afligem, e mais soluções
estão a caminho. Ainda este mês, vamos fazer novos leilões de portos,
aeroportos, ferrovias e rodovias. Esses leilões vão injetar bilhões e bilhões
na economia, gerando centenas de milhares de empregos. Vamos também leiloar, em
outubro, um imenso campo de petróleo do pré-sal, o Campo de Libra.
Assim,
vamos estimular toda a cadeia produtiva do petróleo e gerar milhares e milhares
de empregos. Além disso, os royalties das áreas já em exploração e daquelas
descobertas neste e em outros campos vão gerar recursos gigantescos para a
educação e para a saúde. Devemos transformar a riqueza finita do petróleo em
uma conquista perene da nossa sociedade. A educação é a grande estrada da
transformação, a rota mais ampla e segura para o Brasil seguir avançando e
assegurando oportunidades para todos. Esse é o verdadeiro caminho da
independência.
Fonte: Dilma Rousseff Presidente da
República
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