* Por Tadeu de Oliveira, com base em
artigo publicado por Zé Dirceu em seu espaço para discussão do Brasil - www.zedirceu.com.br.
Enquanto o PT se movimenta para o fortalecimento de sua coalizão política com o parceiro PMDB, o novato PSD e seus aliados tradicionais PSB, PDT, PC do B e os demais partidos da base do Governo Dilma, como PP e PRB, o que fazem os ditos oposicionistas PSDB, DEM e PPS?
Além de fazerem intrigas,
especulações, oposição atabalhoada e o jogo da grande mídia conservadora, os
tucanos e seus aliados concentram todas suas forças na tentativa de ligar o
ex-presidente Lula à Ação Penal 470, o tal mensalão, com base na teoria do
domínio do fato utilizada na condenação do ex-ministro José Dirceu.
Ou seja, condenar
sem provas, apenas por suposição, no caso um depoimento secreto de Marcos
Valério ao procurador-geral Roberto Gurgel. Querem voltar ao passado e abrir uma
nova ação penal, desta vez tendo Lula como figura central.
É preciso lembrar,
porém, que esses três partidos da oposição, vão governar, a partir de 2013,
apenas um em cada cinco eleitores. PSDB. DEM e PPS perderam 864 prefeituras
nessas eleições, uma queda de 44% em oito anos. Cosa complicadíssima para se
perder tempo com picuinhas.
Mas que continuem
agindo assim, raivosamente e impensadamente, porque, passadas as eleições
municipais, os olhos do mundo político se voltam ao horizonte de 2014, quando
serão realizadas as eleições gerais, ou seja, para presidente, governadores,
senadores, deputados federias e deputados estaduais.
Os tucanos, em meio
a esse jogo, sem saber se renova seus quadros ou se agarra ao prestígio dos
principais líderes emplumados, parece perdido e atordoado. O DEM ainda não se
encontrou e com mais uma acachapante derrota nas urnas, precisa lamber as
feridas e se reestruturar para não morrer ou ser encampado pelo tucanato. O PPS
vive à sombra do DEM e do PSDB e não tem muito que fazer. A não ser aporrinhar
Lula e Dilma!
Ao mesmo tempo em
que se afina com a base aliada de Dilma, o PSB alimenta o sonho de seguir
carreira solo. E esse sonho ameaça embaralhar o cenário eleitoral que começa a
se desenhar para 2014.
O que vai fazer o
PSDB? Vai disputar a com o senador Aécio Neves encabeçando uma chapa com apoio
do DEM e do PPS? Se buscar nova a aliança, vai compor com o PSB, um dos
vencedores das Eleições 2012? Se essa composição sair, vai ceder a cabeça da
chapa presidencial ao governador pernambucano Eduardo Campos? E a emblemática
Marina Silva, como ficará se fundar novo partido e abocanhar parte do tucanato
descontente?
Verdadeira
encruzilhada de sete pontas. É preciso se decidir logo, para não incorrer no
mesmo erro da Eleição 2010. Até porque, valem outras perguntas: Aécio Neves vai
resistir até lá? José Sewrra vai deixar? Geraldo Alckmin continua
sonhando? Marina Silva, que surpreendeu
na eleição passada, vai entrar na briga? Como ficará Eduardo Campos?
O governador pernambucano
tem tempo e espaço para decidir o caminho que mais fortaleça sua aspiração de
disputar a Presidência do Brasil. Se não for agora, em 2014 pode muito bem ser
em 2018. Porque, para fortalecer sua aspiração presidencial, terá de fortalecer
ainda mais sua agremiação, o PSB. Deduz-se desse quadro, que Eduardo Campos
pode se aliar tanto ao PT como ao PSDB, como, aliás, o PSB fez nas eleições
municipais.
Que PSDB, DEM e PPS
continuem, pensando e procurando uma forma de atingir Lula. Porque, para o PT, o
que conta é o sucesso do Governo Dilma e seu fortalecimento, já conquistado nas
urnas, mas que demanda bons governos nas cidades e nos estados.
Demanda também a
preparação para 2014, quando o Partido dos Trabalhadores vai disputar para
valer os governos de Minas, Rio, Paraná e São Paulo, entre outros estados com
grande peso eleitoral. A reeleição de Dilma depende dessa preparação, não da
destruição da imagem do ex-presidente Lula da Silva.
* Egresso de
Faculdade de Administração com ênfase em Comércio Exterior, formado e diplomado
em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo, Tadeu de Oliveira é analista
político, econômico e esportivo.
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