Ministro da Saúde convoca prefeitos para adesão ao
Plano Nacional de Enfrentamento do Crack e anuncia recursos extras para o Samu
O ministro da saúde Alexandre Padilha anunciou sábado a construção em Manduri de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e
de um Centro de Diagnósticos Especializados (CDE) para atender a população dos
municípios situados nas regiões Sul e Sudoeste do Estado.
O evento no Acampamento Ebenezer foi organizado pelo prefeito Paulo
Roberto Martins, com a finalidade de debater problemas e soluções de curto,
médio e longo prazos para a Saúde na região. Participaram prefeitos,
vereadores, secretários municipais de saúde, dirigentes hospitalares e lideranças
políticas, da região.
Com a criação do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Média Sorocabana, a
organização pleiteava junto ao Ministério da Saúde a construção de um Hospital
Regional Federal, descartado pelo ministro Alexandre Padilha por ser um projeto
ambicioso e dispendioso do ponto de vista financeiro. “Vamos começar com uma
Unidade de Pronto Atendimento e depois instalar um Centro de Diagnósticos
Especializados”, anunciou.
Segundo Padilha, o Ministério dispõe de programas e verbas para a
instalação dessas unidades, o que torna o processo bem mais fácil. “Acho que
essa região ficará bem servida até que o projeto do hospital ganhe mais força
necessária”, ponderou o ministro.
ATENÇÃO BÁSICA – O discurso do ministro foi voltado aos programas, projetos e ações do
Ministério voltados à melhorias da atenção Básica à Saúde, como o Programa
Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PNAQ) e o
Programa de Requalificação de Unidade Básica de Saúde (Pró-UBS).
“Sou da escola do Presidente Lula... Ele dizia que todo município deve
dedicar atenção especial à Saúde Básica e que toda Unidade Básica de Saúde
precisa ser ampla, bonita, bem equipada e gostosa de trabalhar para atender quem
precisa de atenção na saúde”, pontou Padilha ao explicar que além de destinar
recursos para o custeio dos Centros de Saúde, o Ministério também está
disponibilizando recursos para reforma, ampliação e construção de unidades e
investindo na busca pela excelência no atendimento.
Alexandre Padilha também informou que o Ministério da Saúde vai
reajustar o valor dos repasses de custeio para que as prefeituras possam
colocar as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para
funcionar. “As unidades bem avaliadas, vão receber em dobro”, acrescentou. Essa
medida visa compensar a ausência de uma parte no tripé União, Estado e
Município. Em São Paulo, o Governo Estadual não aderiu ao pacto do Samu, o que
acaba sobrecarregando os municípios.
CRACK – Antes mesmo de saudar as autoridades presentes Alexandre Padilha fez
uma breve apresentação do Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack e Outras
Formas de Dependência Química. “Precisamos sair daqui com esse compromisso”,
conclamou o ministro ao convocar os prefeitos para também ingressarem nessa
batalha. Segundo o ministro, o Sistema Único de Saúde (SUS) está sendo
readequado para ter condições de atender no próprio município os pacientes com
dependência química, em especial àqueles seduzidos pelo crack, droga altamente
potente e viciante que está cada vez mais presente nas pequenas cidades.
O Ministério da
Saúde está incentivando a formação de redes regionais de enfrentamento ao
crack, inclusive com o fornecimento de recursos para a instalação de um Centro
de Assistência Pisco Social (Caps) também administrado por consórcio regional.
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