CONCEITO DO GOVERNO – Já o Governo Dilma manteve os 56% de aprovação como bom ou ótimo obtidos na pesquisa de dezembro. Se computados os 34% apontados como regular, a aceitação chega a 90%. Afinal, apenas 8% dos entrevistados consideraram o Governo Dilma ruim ou péssimo, contra 9% na pesquisa anterior. Ainda conforme a pesquisa CNI/Ibope, 19% dos eleitores desaprovam a maneira de Dilma de governar. Na pesquisa anterior, o percentual era de 21%. 2% não responderam.
ANÁLISE DOS DADOS – “O estilo da presidente, mostrando firmeza na substituição de ministros e no relacionamento com a base aliada no Congresso, parece estar tendo uma empatia melhor com a população, que vê Dilma Rousseff mais presente na administração do governo”, analisa o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Segundo ele, nem a diminuição do ritmo da economia e da indústria foram suficientes para afetar a aprovação de Dilma. “Estas dificuldades não são percebidas porque o desemprego continua baixo e a inflação está em declínio. Além disso, houve reajuste do salário mínimo”, justifica.
CRISE INTERNACIONAL – O contraste entre a turbulência vivida fora do Brasil, em especial em uma Europa com índices de desemprego crescente e a sensação de bem-estar econômico do brasileiro levam a população a creditar à presidente Dilma Rousseff e sua equipe a blindagem do País e isso explica o salto na aprovação pessoal dela mostrado na pesquisa do Ibope.
PALAVRA DE ESPECIALISTAS – “Há uma atmosfera de que nada está acontecendo de dramático no País... O povo vê a crise lá fora, mas não aqui. E isso é atribuído a Dilma”, analisa o cientista político Bolivar Lamounier. Para o diretor do comitê operacional da consultoria de segurança estratégica Eurasia, Christopher Garman, o governo também ganha porque uma crise externa diminui a expectativa da população sobre a administração local. “O que importa (para a população) é onde está indo a renda real e o desemprego”, observa Garman.
Nenhum comentário:
Postar um comentário