A comissão é
integrada pelos vereadores Fernando Pitukinha (presidente), Daniela Viana
(relatora) e João Massaruti (membro). Uma das incumbências dessa CPI, talvez a
principal, é apurar como e em que circunstância se deu a compra desse ônibus,
tendo em vistas os comentários que correm de boca em boca pela cidade. Quem
realmente vendeu, ou estava vendendo esse ônibus para a Prefeitura? A
documentação foi feita antes ou depois de o ônibus pegar fogo? Se ainda não era
da Prefeitura, como foi destacado para uma viagem dessa responsabilidade? Quem
autorizou essa viagem e o uso desse ônibus? Essas são algumas questões a serem
apuradas pela CPI.
O presidente Pitukinha
explica que “a CPI tem por objetivo apurar as circunstâncias que envolveram
esse incêndio e reportar a realidade dos acontecimentos, isto é, se tudo
ocorreu de forma regular temos que apontar isso no relatório final, mas se
houve alguma irregularidade também é nosso dever observar”.
Os trabalhos da
CPI já duram mais de um mês e nesse período os vereadores descobriram que o
ônibus que pegou fogo tinha mais de 20 anos de uso, não possuía certificado da Agência
Reguladora de Transporte no Estado de São Paulo (Artesp) para fazer esse tipo
de viagem e, além disto, também não passou por nenhuma vistoria antes de
viajar.
Segundo o que já
foi apurado, as condições do veículo eram precárias, inclusive as de higiene.
Relato de testemunhas que viajaram atestam que os bancos estavam sujos,
empoeirados, o banheiro não podia ser utilizado, pois estava com vazamento, a
parte final do veículo cheirava mofo e o bagageiro tinha água que escorria da
válvula do banheiro que estava quebrada.
O vereador João
Batista Massaruti, que a há anos trabalha na área da Saúde como motorista,
disse que “o transporte de pacientes precisa ser realizado com todo o cuidado e
atenção necessária, pois estamos diante de pessoas debilitadas e com problemas
de saúde”.
Testemunhas
afirmam que o fogo teve início no painel do ônibus, se alastrando rapidamente.
As janelas de emergências do veículo estavam todas trancadas e não abriram e o
extintor também não funcionou. Devido a isso, para os passageiros escaparem do
incêndio eles precisaram ir em direção ao fogo, pois a única saída era a porta
da frente.
Isso ocasionou
tumulto dentro do veículo e como havia pessoas de idade, outras em recuperação
de cirurgias ou outros procedimentos, alguns passageiros caíram ou inalaram
muita fumaça. A vereadora Daniela afirma que “os trabalhos estão próximos do
seu fim e espero ter os elementos necessários para elaborar com imparcialidade
e fidelidade as provas colhidas do meu relatório”.
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