sexta-feira, 3 de junho de 2011

SEMINÁRIO DA MACRO ITAPEVA DO PT DEBATE TÁTICA E ALIANÇA ELEITORAIS

Assim como a oposição demo-tucana vê nas eleições municipais do ano que vem um trampolim para poder reconquistar o poder nacional, o Partido dos Trabalhadores entende ser crucial vencer nas eleições de 2012 para conseguir alcançar seus principais objetivos em 2014: reeleger a presidenta Dilma Rousseff e eleger o futuro governador paulista.
Por isso já está dando inicia à pré-campanha. O primeiro passo foi o ciclo de seminários que elaborou uma radiografia de suas coordenadorias macros regionais e o segundo será dado com a realização do Encontro de Macros, dias 17 e 18 de junho, em Sumaré, quando serão definidas a tática eleitoral e a política de alianças com vistas às eleições municipais que se avizinham.
Uma boa idéia do que está por vir com relação às orientações partidárias para os diretórios municipais pôde se notada no Seminário da Macro de Itapeva, realizado dia 28 de maio, com a participação de aproximadamente 230 dirigentes e militantes petistas. Presentes os deputados estaduais Edinho Silva (presidente do diretório estadual), Hamilton Pereira, José Zico do Prado e Geraldo Cruz, além do deputado estadual Devanir Ribeiro. Todos ligados de uma forma ou outras a alguns dos 27 municípios da área de abrangência dessa regional.
Nesse encontro ficou claro que o grande sonho do PT é conquistar o Governo do Estado de São Paulo. Mas o principal objetivo é reeleger a presidenta Dilma Rousseff, para continuar governando o País. Como os interesses se convergem para 2014, é mais do que importante se dar bem na eleição municipal de 2012, com a eleição do maior número possível de candidatos petistas – prefeitos, vices e vereadores. “Estamos há mais de um ano das eleições e já estamos nos preparando para ganhar várias prefeituras, porque não haverá 2014 se não formos bem em 2012”, sintetiza Zé Zico.
ALIANÇAS – O presidente Edinho Silva deixou bem claro que o partido não autorizará nenhuma coligação do PT onde o candidato majoritário seja do PSDB, do DEM ou do PPS, adversários dos petistas em níveis estadual e federal. “Em 2012 vamos apoiar aqueles que estarão conosco em 2014 e não aqueles que estarão contra”, justifica o dirigente, lembrando que em todas as cidades onde essas alianças se concretizaram na eleição passada o PT está sendo traído.
No entender do deputado federal Devanir Ribeiro, “a grande obra de Lula foi mostrar para nós que sem aliança não se ganha eleição e nem se consegue governar”. “Podemos ser o vice sim, mas o importante é ser o prefeito. É gostoso ser prefeito”, acrescenta Geraldo Cruz, para quem o petista não é melhor do que ninguém, é apenas diferente, tem um modo próprio de governar. “O modo petista de governar nossas prefeituras mostra que somos muito bons de políticas públicas, mas as alianças nos ajudaram a conquistar a Presidência da República”, reforça Hamilton Pereira.
SEM SE ILUDIR – PMDB, PDT, PV e PTB são considerados partidos aliados da base nacional, mas nem tanto nos municípios da região Sudoeste, porque praticamente nada fizeram nas eleições para governador e presidente, ao contrário, apoiaram candidaturas adversárias. “O PT trabalhou sozinho na região”, observa o professor Alex Campos, vice-coordenador da Macro Itapeva.
Alex vem trabalhando no sentido de ajudar a organizar, estruturar e fortalecer o PT nos municípios da região, para aumentar o poder de negociação no momento em que for necessário colocar as cartas na mesa para uma possível coligação. O jornalista Maércio Garbelotti tem sido seu fiel escudeiro nessa empreitada, colaborando na organização de seminários de formação política sempre que solicitado por algum diretório.
POLÍTICAS PÚBLICAS – “Não adianta ficar choramingando que a região Sudoeste é pobre, isso e aquilo. Muito ao contrário, essa região é rica, tem potencial em várias áreas”, observa Davanir Ribeiro, citando como exemplo as áreas de agricultura extensiva e orgânica, pecuária leiteira, turismo e mineralogia, entre outras. No entender do parlamentar, o que precisa é brigar por políticas públicas voltadas para a região, “políticas públicas que promovam a inclusão social e econômica, coisa que o Governo do Estado não vem fazendo”.
O deputado Zé Zico compactua com essa visão de Devanir ao bradar que o Governo do Estado não tem política para a Agricultura, por exemplo. “As diretrizes são ultrapassadas, não se vê nada de novo, nada específico para cada região”, justifica.
IMPRENSA NA OPOSIÇÃO – Como bem lembrou Geraldinho Cruz, a imprensa é a verdadeira oposição ao governo petista. Com DEM, PSDB e PPS fragilizados, a grande imprensa está voltando novamente suas baterias aos alicerces do Governo Federal na tentativa de desestabilizá-lo.
Por isso, terminado um episódio como esse de execração do ministro Antonio Palocci, outra denuncia factoidiana será fomentada nas páginas dos jornais e revistas na tentativa de instalar mais uma ‘crise’ de paralisia no seio da administração dilmista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário