MOBILIZAÇÃO DEMOCRÁTICA – A semana política em
Brasília foi marcada pela criação do mais novo partido brasileiro, o ou a
Mobilização Democrática, MD, resultante da fusão do Partido Popular Socialista
(PPS) com o Partido Municipalista Nacional (PMN). O deputado federal Roberto
Freira (PPS-SP) será o comandante da nova legenda, ficando o também deputado
Rubens Bueno (PPS-PR) como secretário-geral e o de líder do MD na Câmara dos
Deputados. A vice-presidência e a tesouraria devem ficar com integrantes do
PMN. O processo de fusão ainda precisa ser aprovado pelo Tribunal Superior
Eleitoral.
NASCIMENTO COM FORÇA - A Mobilização
Democrática terá 13 deputados federais, 58 estaduais, 147 prefeitos e 2.527
vereadores. Em todo o Brasil serão 683.420 filiados. Com a fusão, abre-se uma
janela de 30 dias para que os políticos mudem para o novo partido sem o risco
de perder o mandato. O MD já manifestou apoio à candidatura do governador
pernambucano Eduardo Campos (PPS) é Presidência da República, mesmo com a
possível e provável adesão do tucano José Serra – um trunfo para concorrer ao
Governo do Estado.
PARTO DIFICULTADO - Um projeto de lei que
inibe a criação de novos partidos foi parcialmente aprovado pela Câmara dos
Deputados por 240 votos a 30. A proposta tira das legendas novatas
possibilidade de amplo acesso ao fundo partidário e ao tempo de televisão,
mecanismos vitais para o funcionamento financeiro e eleitoral das siglas. Assim
a votação dos apêndices for concluída, o projeto será encaminhado para
apreciação do Senado da República.
INFLUENTE JOAQUIM BARBOSA – Famoso por ter
conduzido o julgamento da Ação Penal 457 (Mensalão) como presidente do Supremo
Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa figura na lista das cem pessoas
mais influentes do mundo, publicada anualmente pela revista norte-americana
“Time”. Outro brasileiro incluído na lista é o chef restauranter Alex Atalla,
conhecido mundialmente. Para Time, o presidente do Supremo "simboliza a
promessa de um novo Brasil" comprometido com a diversidade cultural e com
a igualdade. A revista menciona o fato de Barbosa ser o primeiro negro a chegar
a presidência da mais alta Corte e destaca a importância de sua atuação no
cargo. Barbosa é ainda apresentado com um juiz independente.MAS NEM TANTO ASSIM – Ao que parece, Joaquim Barbosa não é tão influente assim, já que foi peitado nessa semana pelos pares do Supremo, que decidiram ampliar em plenário de cinco para dez dias o prazo para a defesa dos condenados no julgamento do mensalão apresentar recursos após a publicação do acórdão – sentença final do processo. O presidente vinha negando sistematicamente esse pedido em decisões individuais, assim como a liberação antecipada dos votos aos advogados. Nesse julgamento Barbosa foi voto vencido por oito a um. Aliás, conforme surfa na onde do poder, o ministro-presidente do STF vai se despedindo do carismático personagem de paladino do tal mensalão para se mostrar cada vez mais autoritário com jornalistas, advogados, colegas ministros e dirigentes da classe jurídica que ousam discordar de seus pensamentos ou de suas decisões.
A CULPA É DO MAÉRCIO – Em confidências não tão confidentes, o prefeito farturense Tinho Bortotti tem comentado que a culpa de todos os problemas que o vereador Maryel Garbelotti tem enfrentado dentro do PSDB é de seu irmão Maércio Garbelotti, jornalista que procura relatar os bastidores políticos com fidelidade e apimentar algumas notas que deixam o tucanato em situação delicada. Para o tucanato, tudo o que Maércio escreve é a pedido do Maryel, como se o jornalista não tivesse a capacidade de levantar informações junto a fontes confiáveis até mesmo dentro do PSDB, como essa confidência inconfidente do prefeito. Ou como se a ousadia de Maryel em pleitear uma chance para concorrer ao cargo de prefeito e depois ter conquistado a presidência da Câmara à revelia do desejo de Dom Jurandi também não tivesse contado nada para a geladeira tucana. Em suma, a lógica do tucanato é essa: o Maércio bate e o Maryel apanha! Vá entender...
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