Em atenção ao
pedido formulado pelo juiz eleitoral Marcelo Luiz Seixas Cabral, o
desembargador Alveu Penteado Navarro determinou que a Secretaria de
Planejamento Estratégico e de Eleições do Tribunal Regional Eleitoral (TER)
elaborasse minuta de resolução objetivando a realização de eleição suplementar
no município de Itaí, para definição do prefeito e o vice que vão prosseguir
com a administração na sequência da Gestão 2013/2016.
O presidente do
TRE, no entanto, ressalva a possibilidade de o ex-prefeito Luiz Antônio
Paschoal ingressar com novo recurso, desta vez no Tribunal Superior Eleitoral –
TSE, em Brasília. No entanto, consulta ao staff do Dr. Paschoal indica que não
haverá novo recurso, para evitar um desfecho prolongado e a perpetuação da
prefeita interina no cargo.
“Tendo em vista o andamento processual
relatado às fls. 414/415, dos feitos concernentes à eleição municipal
majoritária de 2012 no município de Itaí, determino à Secretaria a elaboração
de minuta de resolução e de calendário, visando à realização de novo pleito
para os cargos de prefeito e vice-prefeito naquela localidade, sem prejuízo de
eventual decisão em recursos interpostos, vez que a teor do disposto no artigo
257 do Código Eleitoral, há apenas efeito devolutivo nas irresignações, sendo
de rigor a preparação de nova eleição”, diz o despacho do procurador Alceu
Penteado Navarro promulgado segunda-feira, 3 de junho.
A data não foi
divulgada pelo TRE, mas a eleição suplementar deverá ser convocada para 4 de
agosto, primeiro domingo do mês. Diante desse quadro, o panorama para a eleição
suplementar começa a ganhar forma, porém, ainda no campo da especulação com um
fundo de análise.
Investida no cargo
de prefeita interina, a vereadora Célia Bueno Sakamoto Akira (PSB) desponta
como candidata natural. As transformações promovidas na Prefeitura e a
estrutura montada nesses cinco meses de governo indicam que ela pretende
continuar no cargo.
Segundo colocado na
eleição de outubro, Valmir Domingos (PR) se prepara para nova disputa, com
apoio do PMDB e do PTN. Aliás, foi uma iniciativa dele deu início à petição em
que o juiz eleitoral da Comarca solicitou ao TRE a marcação de eleição
suplementar.
No PSDB o nome mais
cotado e o do vereador Sidney ‘Caetano’ da Silva, o atual presidente da Câmara
Municipal, que vem encabeçando oposição ao governo interino. “Se tiver nova eleição, tudo indica que sim,
já conversei com Dr. Paschoal sobre o apoio, mas precisamos aguardar a
oficialização do processo e a aprovação do partido”, confirma Caetano.
Outro nome cotado é
o do vereador Armando Camilo Martins. “Estou na política e à disposição do
partido”, diz Armandinho, que já disputou duas eleições como candidato a
prefeito pelo PT. Sua participação no pleito suplementar, no entanto, vai
depender de uma série de circunstâncias, a começar pelo alinhamento da
agremiação petista, que participou da eleição de outubro como vice na chapa
encabeçada por Valmir Domingos.
Também presidente
do Diretório petista, então candidato a vice Adenauer Rockenmeyer terá
importante papel nas negociações. Afinal, pode cacifar a candidatura de
Armandinho, como novamente formar chapa com Valmir ou levar o apoio do PT à
candidatura de Célia, com quem parece mais alinhado no momento.
MOTIVAÇÃO – Candidato mais votado na eleição de
outubro do ano assado, com 6.825 votos, Dr. Paschoal não poder ser diplomado
para assumir o cargo por causa de uma denúncia dando conta de abuso de poder
político e econômico durante a campanha eleitoral, mediante uso indevido de
meio de comunicação social para propaganda eleitoral.
Os três recursos
ingressados por seus advogados no Tribunal Regional Eleitoral não conseguiram
reverter a situação. Sendo o último deles decidido em 10 de abril, com
publicação no Diário Eletrônico da Justiça quarta-feira, 6 de junho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário