A economia
brasileira cresceu 2,3% em 2013, alguns décimos acima dos índices projetados
pelos analistas, mas abaixo do índice desejado para a retomada do crescimento
de 7,5% apresentado em 2010. O avanço de 2013 foi modesto, mas em relação a
2012, quando o PIB cresceu apenas 1%, o resultado foi excelente. Em 2011 o
índice ficou em 2,7%. O crescimento em 2014 deve seguir de forma moderada.
Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o Produto Interno Bruto
(PIB) referente ao quarto trimestre registrou um crescimento de 0,7% em relação
ao trimestre anterior, puxado pelo setor de serviços (0,7%). A agropecuária não
cresceu e a indústria encolheu 0,2%. Em relação ao mesmo período de 2012, o
crescimento do país foi de 1,9%.
Em valores
correntes, o PIB alcançou R$ 4,84 trilhões em 2013. O PIB per capita alcançou
R$ 24.065,00, uma alta de 1,4% em relação a 2012.
DADOS - No ano passado, os três grandes setores
da economia registraram crescimento. O maior foi da agropecuária, com avanço de
7%, seguida por serviços (2%) e indústria (1,3%).
Tanto as
exportações (2,5%) quanto às importações (8,4%) de bens e serviços cresceram.
Entre as exportações, destaque para produtos agropecuários; outros equipamentos
de transporte; veículos automotores e refino de açúcar.
Já nas
importações, os destaques foram indústria petroleira; serviços de alojamento e
alimentação; máquinas e equipamentos; óleo diesel e peças para veículos
automotores.
A taxa de
investimento no ano de 2013 foi de 18,4% do PIB, levemente acima do observado
no ano anterior (18,2%). A taxa de poupança foi de 13,9% em 2013 (em comparação
com 14,6% no ano anterior).
A despesa de
consumo das famílias cresceu 2,3% em 2013. Foi o 10º ano consecutivo de
crescimento desse indicador. Segundo o IBGE, esse comportamento foi favorecido
no ano passado pelo aumento dos salários e da oferta de crédito.
MODERAÇÃO - O crescimento em 2014 deve seguir de
forma moderada, mas com qualidade dos investimentos, no entender do ministro da
fazenda Guido Mantega, para quem o resultado do PIB de 2013 surpreendeu muita
gente, que projetavam algo abixo dos dois por cento de crescimento.
O ministro
acredita que a economia deve ser influenciada nesse ano por um cenário de
estabilidade cambial, de ingressos de capitais no país e por investimentos
em trajetória ascendente. No entanto, disse não ser possível ainda fazer uma
projeção. “Não ouso dar uma previsão, mas acredito que analistas terão muito
trabalho neste fim de semana para rever suas projeções, que certamente serão
mais positivas”.
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