PRESIDENTA LULA – Foi assim que a presidenta
Dilma Rousseff foi chamada pelo apresentador da Expocatadores, a celebração de
Natal dos catadores de material reciclável e de movimentos de população de rua,
realizada no Anhembi, em São Paulo. O apresentador explicou que o ex-presidente
Lula da Silva era um "mito" e um "gênio" para a categoria.
E que não tem como não fazer a associação, já que Dilma manteve o compromisso
herdado do antecessor e está honrando-o a altura.
APENAS UM SUSTO? – A julgar pelos
pronunciamentos de alguns vereadores que fizeram uso da palavra na sessão
especial de cassação de mandato realizada terça-feira pala Câmara Municipal de
Sarutaiá, ficou claro que o prefeito Irineu Ramos poderá reverter a situação
até com certa facilidade na Justiça, devido à fragilidade de algumas denúncias,
a regularização de outra, falha na condução do processo ou a não observância do
pedido de perícia nos contratos por parte do Tribunal de Contas, conforme
solicitado pela defesa. Também ficou no ar que o desfecho do caso foi apenas um
susto (lição, foi a palavra utilizada) no prefeito, para exigir mais respeito
aos representantes do Poder Legislativo, que estariam sendo tratado com desdém,
desprezo e agressividade.
ARMADILHA – “Hoje vamos tirar prova se
realmente era uma coligação unida por Sarutaiá ou uma armadilha que arrumaram
para a cabeça do prefeito. Os mesmos companheiros que pregaram mudança, em
menos de um ano votam a cassação do mandato do prefeito”, observou o tucano
Betinho Gama, único a votar contra a cassação do mandato de Irineu Ramos.
COMPARAÇÃO I - A presidenta Dilma Rousseff
encerra o ano com taxas de desemprego e aprovação mais confortáveis do que
tiveram os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso
quando se preparavam para disputar a reeleição. A taxa de desemprego anual
deste final de 2013 é de 5,58%. Trata-se de percentual bem menor do que os 9,8%
registrados em 2005, quando Lula articulava apoios para tentar se reeleger. E é
melhor também do que os 6,14% de 1997, ano em que a emenda da reeleição era
aprovada para que FHC disputasse um segundo mandato.
COMPARAÇÃO II - O percentual de brasileiros
que apoiam Dilma também é superior ao de seus antecessores no mesmo período do
mandato. O governo da presidenta é considerado “ótimo” e “bom” por 41% da
população, segundo o Datafolha. Em dezembro de 2005, Lula era aprovado por
apenas 28%, ainda influenciado pelo escândalo do tal mensalão. Fernando
Henrique, no embalo do combate à inflação, era aprovado por 37% em dezembro de
1997.
COMPARAÇÃO III - Se popularidade e emprego
jogam a favor da presidente, a inflação pode ser um obstáculo no caminho para o
segundo mandato dilmista. A petista deve ter 5,7% de inflação neste ano. Não
está tão pior do que Lula em 2005 (a taxa foi de 5,69%) ou de FHC em 1997
(5,22%). A diferença são as projeções para 2014, no momento da reeleição. Caso
as previsões do mercado se confirmem, o Brasil terá uma inflação de 5,95% no
ano que vem, taxa bem maior do que os 3,14% de Lula e quase o quádruplo do
1,65% de FHC.
COMPARAÇÃO IV - O desempenho do PIB (Produto
Interno Bruto) também não deve ajudar Dilma. A estimativa de crescimento para
2014, segundo o boletim Focus, do Banco Central, é de 2% –metade do registrado
sob Lula em 2006. FHC foi reeleito em 1998 com estagnação, “crescimento zero”,
mas se beneficiou do pavor que ainda habitava as mentes dos brasileiros a
respeito da volta da inflação. Além disso, não havia alternativas ao centro.
Lula naquela época não era palatável ao mercado financeiro e ostentava como
candidato a vice-presidente o pedetista Leonel Brizola (1922-2004).
PREVISÕES I - O
PIB mundial crescerá 3% em 2014 e 3,3% em 2015, de acordo com a antecipação de
um novo relatório das Nações Unidas. Quanto às economias dos países em
desenvolvimento e em transição, os especialistas esperam um índice de
crescimento de 3% para o Brasil, de 5% para a Índia e de 2,9% para a Rússia,
enquanto a China deverá manter os 7,5% "nos próximos anos".
Previsões II - O Banco Central reduziu sua
estimativa de crescimento da economia, medida pelo Produto Interno Bruto deste
ano, de 2,5% para 2,3%. A expectativa para a inflação oficial foi mantida: de
acordo com o BC, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo) ficará em 5,8%
no final deste ano. Em 2014, a perspectiva de inflação, que era de 5,7%, passou
para 5,6%.
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