terça-feira, 29 de outubro de 2013

MARYEL GARBELOTTI TEM SUA PRIMEIRA PRESTAÇÃO DE CONTAS COMO PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES APROVADA PELO TCE


O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo emitiu parecer favorável à aprovação das contas da Câmara Municipal de Fartura relativa ao exercício de 2011, apresentada pelo vereador Maryel Garbelotti na condição de presidente da mesa diretora, cargo que continua ocupando na atual gestão.

“Isso nos deixa bastante contente, porque demostra que a gente cumpriu com a nossa obrigação à frente da instituição naquele ano. Avaliza que estamos no caminho certo, que procuramos fazer a coisa correta, tratar a coisa pública com seriedade”, comenta o presidente, acrescentando que o relator fez algumas ressalvas e apontamentos, para que as falhas não se repitam. “É porque muitos procedimentos mudam de ano para ano, mas todas as providências em cima apontamentos foram tomadas e tudo nos leva a crer que as contas de 2012 também serão aprovadas”, acrescenta.
Na entrevista concedida ao radialista e jornalista Henrique Outeiro para veiculação no Jornal da Comunidade da Rádio Comunitária e publicação no jornal Sudoeste do Estado, o presidente também abordou outros assuntos. Confira:
JUSTIÇA – A atuação de um vereador tem alguns segmentos, um deles é a fiscalização da aplicação do dinheiro público. Muito se falou e ainda se fala das administrações anteriores, mas a gente não pode sair acusando as pessoas levianamente. Dentro desse princípio, procurei no meu primeiro mandato levantar algumas questões e buscar informações sobre possíveis irregularidades e nos caos em que consegui documentar que houve indício, levei ao conhecimento do Ministério Público.
AÇÕES CIVIS – A aprovação das contas da Prefeitura de 2008, com apontamentos graves, no meu entender. “A promotoria entendeu da mesma forma que eu e abriu procedimentos (Ação Civil Pública) em dois casos, cujos processos continuam em andamento”. Tem também o caso de uma contração claramente irregular de funcionário para o projeto Navega São Paulo, que foi arquivado, porque a Prefeitura fez acordo para devolver dinheiro e poder retomar o projeto, fato que já aconteceu. “Não concordei, mas quem sou eu para contestar uma decisão do Ministério Público”. Outro caso envolve a doação de terrenos no Distrito Industrial, em que as partes estão sendo envolvidas. Em nome da Câmara, foi instaurado procedimento sobre o caso da suspensão da complementação das aposentadorias que era feita pela Prefeitura, cuja ação coletiva também continua em andamento.
PAPEL CUMPRIDO – “São algumas irregularidades que encontramos e levamos ao Ministério público, que é o órgão mais indicado, porque quem vai dizer se houve mesmo irregularidade, é a Justiça. Então, procuramos fazer a nossa parte e estou ciente de que estou cumprindo com meu papel de fiscalizador, buscando elucidar o fato da maneira correta, com a devida cautela que devemos ter”.
CRECHE ESCOLA – O atual prefeito fez um relatório sobre o andamento daquela obra e mandou um relatório pedindo providências à câmara Municipal. “A meu ver, o encaminhamento deveria ter sido feito diretamente ao Ministério Púbico, com o envio de uma cópia apenas para conhecimento da Câmara. Mas como pediram providência, essa presidência atendeu o pedido prontamente e encaminhou o relatório ao Ministério Público, que abriu ação e está juntando essa nova documentação a um dos processos resultantes daquele procedimento relativo à prestação de contas de 2008. Também neste caso cumprimos com a nossa obrigação”.
MANDADO – O prefeito obteve um Mandado de Segurança que obriga o presidente a colocar em votação proposta de veto a um projeto do próprio prefeito, que recebeu emendas. Esse projeto trata da reserva de vagas para um concurso já realizado, com vagas definidas e já preenchidas. “Votei contra e não me arrependo, porque entendo ser injusto reservar novas vagas para um concurso que já passou”.
VETO – “O prefeito mandou apenas um ofício comunicando o veto, não a mensagem, como é praxe. Não acatei e ele entrou com um Mandato de Segurança, argumentando que tomei uma atitude arbitrária, mas apenas cumpri o que diz o regimento interno. O juiz é quem vai decidir o mérito e se a decisão foi para apreciar o veto, vou colocá-lo em votação amparado por uma medida legal, já que, até então, estou fazendo o que está previsto no Regimento Interno”.
VIROU RÉU – Além de responder a esse mandado de Segurança, o vereador Maryel Garbelotti também foi intimado a providenciar como presidente da casa legislativa a defesa em uma ação de inconstitucionalidade impetrada pela assessoria jurídica da Prefeitura, contra a promulgação do Plano Diretor. O prefeito contesta de forma especial o item que reduz o número dos cargos de confiança e das contratações de livre nomeação.
SEM ENTENDER – Maryel ainda foi intimado a se defender como presidente da Câmara em outra ação de inconstitucionalidade impetrada no Tribunal de Justiça pela Prefeitura, desta vez contra artigo 29 da Lei Complementar 04/2009 que trata do Estatuto Magistério. “Não era presidente nessa época, mas vamos preparar a documentação e responder”.
RUSGAS – Muito se tem comentado nas ruas da cidade sobre as rusgas entre o prefeito Tinho Bortotti e o vereador Maryel Garbelotti. “Não vejo isso como um problema, mas como divergências de opiniões. Me que parece, que as coisas estão vindo contra o Maryel. Tanto e falou em perseguições nas administrações anteriores e, de repente, estou sofrendo esse tipo de perseguição. Mas encaro com naturalidade, porque sou uma pessoa pública, que está sujeita a situações como essas”.
PREJUÍZO – “A população, de minha parte e por parte da Câmara Municipal, não vai ter prejuízo algum por causa de divergências de opiniões, de votos por mim manifestados ou de atitudes minhas. São diretos meus, que não abro mão. Mas, repito, de forma alguma a população será prejudicada”.
 AUDITORIA – A Câmara fez um pedido para a Prefeitura realizar a auditoria tão falada na campanha eleitoral. “É o que eu disse, muito se fala das administrações anteriores e o vereador Luciano Peres apresentou requerimento pedindo a realização dessa auditoria, que foi aprovado e encaminhado. O prefeito informou que não ia fazer a auditoria, que já é feita pelo Tribunal de Contas. Essa foi a resposta dada à Câmara, mas não à população, que queria outra resposta, ou seja, a auditoria. O Legislativo fez aquilo que é de responsabilidade dele, agora o problema é do Executivo. Quem está na Prefeitura tem acesso a tudo o que existe lá dentro, mas já é um assunto passado, que cabe à administração explicar direitinho para a população”.
REDE – O Tribunal Superior Eleitoral negou o registro da Rede Sustentabilidade até que sejam completadas as 492 mil assinaturas autenticadas em apoio à sua criação. O partido tinha que ser formalizado um ano das eleições, para que a ex-senadora Marina Silva pudesse ser candidata à Presidência da República no ano que vem, fato que não aconteceu. “Continuamos trabalhando para registrar o partido, porque a Rede já é uma realidade, que deve ser formalizada e oficializada até o final do ano. Essa aliança que saiu com o PSB vai fortalecer em muito a Rede, que vai se fortalecer ainda mais. Então, politicamente a minha situação continua a mesma e posso garantir a todos que a Rede hoje é uma realidade, porque foi criada e só não recebeu aval do Tribunal Eleitoral, mas vai receber, com certeza”.

 

 

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