quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

OPINIÃO – VITÓRIA DE MARYEL, DERROTA DE BAQUETA

* Por Tadeu de Oliveira, analista político

A manobra articulada por Vagner Baqueta (PSDB) e Ricardo Garcia (PP) para eleger João Massaruti (PP) como presidente da mesa diretora da Câmara Municipal de Fartura não deu certo e a Casa Legislativa será presidida no biênio 2011/2012 pelo vereador Maryel Garbelotti.
Numa disputa acirrada, Maryel foi eleito com os votos de Doriveti Gabriel (PPS), Serafim Neto (DEM), Luciano Filé (PSDB) e Toninho do Batista (PSDB). Massaruti recebeu os votos de Vagner Baqueta (PSDB), Ricardo Garcia (PP) e Juninho Domingues (DEM), além do próprio.
Como se observa, Vagner Baqueta votou contra orientação da bancada tucana, que em reunião do diretório municipal fechou questão em torno da candidatura de Maryel. Em carta ao diretório, Baqueta justificou a decisão argumentando que com Maryel presidente, a bancada ficaria fragilizada nas votações polêmicas.
Um argumento que não colou e lhe rendeu uma vexatória derrota política. Essa manobra pró Massaruti teve início com o saudoso Odorico Furquim, na expectativa de desestabilizar e dividir a bancada zecostista. Mas perdeu a razão de ser depois ter alcançado o objetivo, pois alijou Doriveti da disputa e provocado a ira de Serafim, que não se muito bem com Massaruti e avisou que não votaria nele. Maryel viu a chance aberta e se lançou candidato, esperando o apoio de Baqueta, que, no entanto. Preferiu manter a palavra. Uma atitude até louvável, mas pecaminosa politicamente.
Nos bastidores, comenta-se que Baqueta não queria dar visibilidade a Maryel, eventual adversário numa disputa interna pela indicação do prefeiturável tucano em 2012. Baqueta trabalha pela candidatura. Maryel acha que ainda é cedo para trocar o Legislativo pelo Executivo, mas vê seu nome ganhar cada vez mais força dentro do partido e, o que é mais importante ainda, nas ruas, devido ao elogiável trabalho que vem fazendo como vereador.
Doriveti foi o fiel da balança nessa ‘disputa’ entre Baqueta e Maryel. Acordado como candidato natural na bancada situacionista, ou zecostista, como queiram, à presidência da Câmara se sentiu traído com a indicação de Massaruti.
Manteve sua candidatura até duas horas antes da sessão, mas desistiu a favor de Maryel, pois sabia que contava apenas o voto de Serafim. Na última negociação com a bancada tucana, pediu a primeira secretaria, outro cargo de visibilidade. E levou o voto de Serafim junto, garantindo a vitória de Maryel.

Um comentário:

  1. A guerra de egos no ninho tucano parece reproduzir os acontecimentos no plano nacional. É hora de o PT assumir de fato a voz oposicionista em Fartura. À vitória companheiros.

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