quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CPI DA CÂMARA APURA INCÊNDIO EM ÔNIBUS CHEIO DE PACIENTES

   A Câmara Municipal de Fartura instaurou, na sessão legislativa do dia 16 de outubro deste ano, Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades ocorridas com um ônibus utilizado pela Prefeitura para fazer o transporte de paciente até o Hospital de Clínicas da Unesp de Botucatu, situado no distrito Rubião Júnior, que, ao retornar por volta das 20 horas, pegou fogo na Rodovia Raposo Tavares.
A comissão é integrada pelos vereadores Fernando Pitukinha (presidente), Daniela Viana (relatora) e João Massaruti (membro). Uma das incumbências dessa CPI, talvez a principal, é apurar como e em que circunstância se deu a compra desse ônibus, tendo em vistas os comentários que correm de boca em boca pela cidade. Quem realmente vendeu, ou estava vendendo esse ônibus para a Prefeitura? A documentação foi feita antes ou depois de o ônibus pegar fogo? Se ainda não era da Prefeitura, como foi destacado para uma viagem dessa responsabilidade? Quem autorizou essa viagem e o uso desse ônibus? Essas são algumas questões a serem apuradas pela CPI.
O presidente Pitukinha explica que “a CPI tem por objetivo apurar as circunstâncias que envolveram esse incêndio e reportar a realidade dos acontecimentos, isto é, se tudo ocorreu de forma regular temos que apontar isso no relatório final, mas se houve alguma irregularidade também é nosso dever observar”.
Os trabalhos da CPI já duram mais de um mês e nesse período os vereadores descobriram que o ônibus que pegou fogo tinha mais de 20 anos de uso, não possuía certificado da Agência Reguladora de Transporte no Estado de São Paulo (Artesp) para fazer esse tipo de viagem e, além disto, também não passou por nenhuma vistoria antes de viajar.
Segundo o que já foi apurado, as condições do veículo eram precárias, inclusive as de higiene. Relato de testemunhas que viajaram atestam que os bancos estavam sujos, empoeirados, o banheiro não podia ser utilizado, pois estava com vazamento, a parte final do veículo cheirava mofo e o bagageiro tinha água que escorria da válvula do banheiro que estava quebrada.
O vereador João Batista Massaruti, que a há anos trabalha na área da Saúde como motorista, disse que “o transporte de pacientes precisa ser realizado com todo o cuidado e atenção necessária, pois estamos diante de pessoas debilitadas e com problemas de saúde”.
Testemunhas afirmam que o fogo teve início no painel do ônibus, se alastrando rapidamente. As janelas de emergências do veículo estavam todas trancadas e não abriram e o extintor também não funcionou. Devido a isso, para os passageiros escaparem do incêndio eles precisaram ir em direção ao fogo, pois a única saída era a porta da frente.
Isso ocasionou tumulto dentro do veículo e como havia pessoas de idade, outras em recuperação de cirurgias ou outros procedimentos, alguns passageiros caíram ou inalaram muita fumaça. A vereadora Daniela afirma que “os trabalhos estão próximos do seu fim e espero ter os elementos necessários para elaborar com imparcialidade e fidelidade as provas colhidas do meu relatório”.  

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