sexta-feira, 8 de novembro de 2013

LONGA SESSÃO É MARCADA POR PROVEITOSOS DEBATES E BATE-BOCAS DESNECESSÁRIOS


Presidência do Legislativo ainda faz interessante observação sobre erros e incongruências do jurídico do Executivo

A Câmara Municipal de Fartura realizou na última quarta-feira uma das mais longas sessões de sua história, com 3h40min de duração. Normalmente, as reuniões legislativas costumam durar de 2 horas a 2h30min, com tempo limite de 3 horas.
Além de marcar a derrubada de um veto do prefeito que chegou a ser objeto de disputa judicial, a reunião legislativa também foi notabilizada por debates consistentes, observações interessantes e bate-bocas desnecessários, nesse caso, em mais outra clara demonstração de que o clima entre situação e oposição está se acirrando a cada vez mais a cada reunião legislativa.
Mesmo frisando que não iria votar contra, o situacionista Luciano Filé pediu a palavra para questionar um requerimento em que o oposicionista Fernando Pitukinha solicita informações ao prefeito sobre a reforma da Praça 9 de Julho. Ele quer saber se a reforma vai implicar na retirada de árvores, quantas, de quais espécies e onde elas serão replantadas.
No entender de Filé, o requerimento deveria ter sido endereçado à Coordenadoria do Meio Ambiente. “Fico imaginando como o prefeito vai informar quais árvores serão retiradas, se a da direita ou da esquerda, porque as árvores não tem nome, não tem número”, observou o tucano.
Pitukinha respondeu que estava atendendo ao pedido de várias pessoas, por fazer parte do Partido Verde. “Não estou pedindo nada demais, estou fazendo esse requerimento porque é preciso registrar em documento se alguma árvore será retirada, quantas e de quais espécies”, justificou o naturalista.
Foi comentado nesse entrevero que é preciso peneirar melhor as preocupações, senão a sessão fica demorada por causa de requerimentos inúteis, mal formulados ou endereçados à pessoa errada. Mesmo assim Filé e Pitukinha voltaram a se estranhar mais duas ou três vezes na sequência da leitura e aprovação dos requerimentos. Novamente por coisa à toa, ajudando a prolongar a duração da sessão.
Ao fazer uso da palavra livre para as Explicações Pessoais, o presidente Maryel Garbelotti utilizou projeção em Datashow para criticar duramente a atuação do Jurídico do Executivo no relacionamento com o Legislativo, que fez a maior embromação em edital de concurso na tentativa de emplacar a contratação de mais um procurador jurídico.
“Mudaram o edital, mas a lei não foi mudada, então, está valendo a lei, que diz claramente que a jornada de trabalho do procurador jurídico é de 40 horas semanais”, observou Maryel, lembrando que a mudança da lei foi proposta depois da realização do concurso, quando deveria ter sido antes.
Edital dizia 40 horas, uma retificação mudou para 20 horas e o projeto de lei falava em 30 horas. “Vai entender”, desdenhou o presidente, que também criticou prefeito por dizer que vereador não pode fazer emendas. “Se não pudermos corrigir e aprimorar um projeto de lei, então o que estamos fazendo nesta Casa, que representa o Poder Legislativo”, indignou-se.
Afinal, propor, analisar, discutir, emendar, suprimir, aprovar, ou rejeitar um projeto de lei é legislar, é função do vereador. “Infelizmente, ou felizmente, nós trabalhamos com legislação e precisamos cumprir a lei, é isso que tenho procurado fazer como presidente desta Casa”, observou.
Maryel prosseguiu analisando falha por falha, incongruência por incongruência. Ao apontar que no caso do cargo de engenheiro, aconteceu a mesma coisa relatada com o cargo do procurador jurídico, não se conteve. “Com todo o respeito que tenho pelas pessoas, tem alguma coisa errada com o Jurídico da Prefeitura. E a culpa é do Maryel, o Maryel é autoritário por procurar fazer tudo dentro da lei”, desabafou o presidente.
Também na Palavra Livre, Luciano Filé discorreu sobre os benefícios ao meio ambiente de um projeto por ele apresentado, sancionado como Lei 1.893/2013, que autoriza a Sabesp a providenciar a ligação de esgotos residências à linha coletora, por intermédio do programa estadual Se Liga na Linha.
Em reunião comdirigentes da Sabesp, Filé ficou sabendo que 13 residências que estava despejando esgoto no Ribeirão Fartura já foram beneficiadas. “É algo que me deixa muito contente, porque mostra que o nosso trabalho aqui está dando resultado”, comentou.

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